Acordar (muito) cedo. Abrir a janela e apreciar a rua, ainda estranha e com a sensação que apenas se é turista. Tomar o pequeno-almoço e vestir qualquer peça de roupa. Sair e apanhar o eléctrico. Levar com uma aula de Química Geral. Explodir por dentro por aquelas quase três horas levarem tanto tempo. Aproveitar o intervalo para tratar de alguma papelada e falar com uma ou duas pessoas. Ter Matemática e fugir dali. Apanhar o autocarro e comer uma sandes feita à pressa. Tratar de mais alguma papelada. Ligar o mp3 e caminhar no meio da multidão. Beber um café e mudar de música. Fugir dum trolha. Apanhar o metro. Comprar o bilhete. Esperar. Apanhar o comboio. Sorrir. Mais três horas e lá estarei. Adeus Lisboa, até Domingo á noite. Agora vou para o meu lugar. Para a minha gente. Vou alimentar a alma, que já grita de saudade. Sair do comboio e encontrar eles. Desligar mp3 Abraçá-los. Vamos para a Baixa (de Albufeira!)? Esquecer papelada. Esquecer metros e eléctricos. Esquecer Lisboa. Vamos!




Foi um daqueles dias, em que nos abraçámos e fingimos que está tudo bem. Acariciamos o coração mas mesmo assim, fica um sabor estranho na boca. Foi um daqueles dias em que se chorou e se limparam as lágrimas às mangas da camisola. Foi um daqueles dias em que tivemos uma conversa mais séria do que o normal.

Como vocês me fazem falta, amigos.
Só encontro em vocês a extrema felicidade, só em vocês encontro o que perco quando vos deixo.