"TEMPO DE LER É TEMPO DE ETERNIDADE"Não fui eu quem proferi esta afirmação (retirei-a da net sem perceber muito bem que a disse), mas subscrevo-a total e profundamente.
Todos os dias leio. Não livros técnicos, mas livros pessoais. Podem ser 5 minutos, podem ser 2 páginas, pode ser à 1 da manhã ou às 3 da manhã, mas ... Todos os dias leio!
E tal como o LER, também o PARTILHAR é ETERNIDADE. E nao queremos todos nós, em algum momento da nossa vida, um pouco de Eternidade?!...
Então aqui fica a partilha de uma parte das minhas leituras, em mensagens que vos podem interessar (dada a dimensão da parte que seleccionei dividirei em 4 posts separados 4 dias cada para permitir uma leitura mais pausada).
O livro é
«A CRIANÇA QUE NÃO QUERIA FALAR»
quem o escreveu foi
Torey Hayden
quem o editou em Portugal foi a
Editorial Presença
«Uma noite, levei um exemplar de O Principezinho - Tenho aqui um livro para partilhar contigo disse-lhe.
Ela atravessou a sala a correr, aterrando literalmente em cima do meu estômago e tirando-me o livro das mãos. Inspeccionou com cuidado todas as ilustrações, antes de nos sentarmos a ler.
Depois de começarmos, manteve-se imóvel, com os dedos agarrando o tecido das minhas calças de ganga.
O Principezinho é um livro pequeno e, decorrida meia hora, já lera quase metade. Quando chegámos àquele episódio da raposa, ela ficou ainda mais atenta. Senti-lhe as ancas ossudas no colo, enquanto procurava uma posição mais confortável.
- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho. - Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou...
- Ah! Então, desculpa! - disse o principezinho.
Mas pôs-se a pensar, a pensar, e acabou por perguntar:
- «Cativar» quer dizer o quê?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu - disse a raposa.
- Quer dizer criar laços...
- «Criar laços»?
- Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê; por enquanto tu não és para mim senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim.
Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti...
- Tenho uma vida terrivelmente monótona - disse ela. - Caço galinhas e os homens caçam-me a mim. As galinhas são todas parecidas umas com as outras e os homens são todos parecidos uns com os outros. Por isso, às vezes, aborreço-me muito. Mas se tu me cativares, a minha vida fica cheia de sol. Fico a conhecer uns passos diferentes de todos os outros passos. Os outros passos fazem-me fugir para debaixo da terra. Os teus hão-de chamar-me para fora da toca, como uma música.»
(…)
Ela atravessou a sala a correr, aterrando literalmente em cima do meu estômago e tirando-me o livro das mãos. Inspeccionou com cuidado todas as ilustrações, antes de nos sentarmos a ler.
Depois de começarmos, manteve-se imóvel, com os dedos agarrando o tecido das minhas calças de ganga.
O Principezinho é um livro pequeno e, decorrida meia hora, já lera quase metade. Quando chegámos àquele episódio da raposa, ela ficou ainda mais atenta. Senti-lhe as ancas ossudas no colo, enquanto procurava uma posição mais confortável.
- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho. - Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou...
- Ah! Então, desculpa! - disse o principezinho.
Mas pôs-se a pensar, a pensar, e acabou por perguntar:
- «Cativar» quer dizer o quê?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu - disse a raposa.
- Quer dizer criar laços...
- «Criar laços»?
- Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê; por enquanto tu não és para mim senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim.
Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti...
- Tenho uma vida terrivelmente monótona - disse ela. - Caço galinhas e os homens caçam-me a mim. As galinhas são todas parecidas umas com as outras e os homens são todos parecidos uns com os outros. Por isso, às vezes, aborreço-me muito. Mas se tu me cativares, a minha vida fica cheia de sol. Fico a conhecer uns passos diferentes de todos os outros passos. Os outros passos fazem-me fugir para debaixo da terra. Os teus hão-de chamar-me para fora da toca, como uma música.»
(…)
LP
5 comentários:
Entramos no meu dominio!
Também adoro ler vou aceitar este conselho e talvez leia este livro no trabalho!
"O Princípezinho", eis um livro da nossa infancia/pré-adolescência que deixou um planeta da nossa imaginação em cada um de nós! :P
Já agora, fica a deixa, não se esqueçam que trabalho na Livraria Bertrand. Se houver algum livro que procurem ou até queiram comprar, digam-me pois em breve terei acesso a 20% de desconto!
Boas leituras :)
Coral *
Ah muito bem pensado senhor professor em pôr alguma cultura nestas cabeças ocas da geração =P
Também adoro ler, e com muita pena minha neste momento não o faço, a não ser a leitura de fórmulas químicas ou de matrizes para álgebra.
Também não o tenho feito porque o dinheiro não tem sido abundante e dar 20euros por um é complicado...por isso acho que vou mesmo dirigir-me à Bertrand da Coral sim =D
Quando não temos nada que fazer, alguns do gang aqui de Lisboa (cris,sandra, andré, rita) vamos passear pelo Colombo e paragem obrigatória é a Fnac, e no meio daquele mundo, onde vamos bailar um bocado no meio dos cds em que eu e a sandra somos especialistas a dar show, também a zona dos livros nos cativa, onde encontrámos muitos livros com o qual se identificam muito connosco! Um livro é um mundo! É um refúgio!
Saudades vossas <3
Retiro a deixa de trabalhar na Bertrand... Despedi me.
Decidi dedicar me aos treinos de ginástica Terças de manha
xD~
Ag tao por vossa conta, uma dica é que a Fnac é mais baratuxa 10% q a Bert..
Bju*
O livro é um amigo... O amigo.
Porquê?:
- É aquilo que cada um de nós quiser que seja.
É um mundo, são sensações boas, é tristeza, é alegria, é sabedoria. É o que quisermos que seja.
Sou adepto da teoria de: ler toda a merda (no sentido literário da palavra), e depois sim, formar uma opinião. O que geralmente, acaba por correr mal (em casos pontuais), mas só assim, se conseguem achar, aqueles livros que nos marcam, e significam tanto para nós.
Li o princepezinho, há relativamente pouco tempo, e na altura, foi o que eu quis que fosse, uma ajuda a encarar e outro modo de ver a pequena/grande mudança que estava e continua a estar a acontecer no "meu" mundo.
Desde "pitinha" que quando chegava a casa ia a correr para o sofá para ver tv. Nunca dei muita prioridade à leitura...
Lia quando tinha de ler, nunca partia muito de mim, da minha vontade própria agarrar num livro e nos meus tempos livres ler.
Não tinha vontade própria para ler, mas quando tinha de ler, e iniciava um livro (porque o difícil era começar), "devorava-o".
Como o André disse um livro é um amigo. Erro meu ter afastado muitas vezes esse amigo, que nos quer tão bem. A preguiçita apoderava-se sempre...
O Princepezinho... Uma obra para pequenos e graúdos. Que quando nos foi lida em crianças a entendemos como que um conto de fadas, mas quando relida em "crescido" nos mostra um pouco do que são afinal os valores da vida...
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